Agora sinto medo, medo de perder as minhas lembranças, as
minhas saudades, aquilo que acredito e não acredito medo de todas as partes se
desprenderem de uma vez só, e só sobrar matéria, sem conteúdo.
Tentando não romper
com todas as coisas sólidas nas quais existe no agora, nesse agora que se perde
a cada segundo.
E em um pulo você
se decepciona com as coisas em sua volta, com as pessoas, os sonhos, com a mágica
de fantasiar ações. Estando tão cansada de construir e demolir fantasias que
gostaria de não se encantar por mais nada. Mesmo sabendo que isso se aplica as
fases e gostos, e principalmente à momentaneidade da vida.
Assim ando me
ocupando com as coisas do cotidiano, com a rotina embriagadora, esquecendo um
pouquinho de mim. Criando um medo de ir e ser tudo aquilo que eu possa ser. Trancafiando
sentimentos, pensamentos, trancafiando partes minha que desconheço.